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quinta-feira, 8 de abril de 2021

Disquesia, já ouviu falar?

Estou no meu segundo filho e para além disso já ajudei a cuidar da minha irmã quando nasceu e de alguns primos também durante minha infância e adolescência e nunca tinha ouvido falar em disquesia, mas enfim do que se trata?

Acabei caindo de paraquedas nesse assunto após procurar no Google sobre os sintomas que meu bebê vinha tendo ao longo dos dias, ele tinha muita dificuldade em evacuar, gemia muito e se contorcia, mas não parecia que estava com o intestino preso ou ressecado.

Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, nos primeiros meses de vida, bebê que só mama no peito pode evacuar fezes amolecidas a cada mamada, como ficar até 7 dias sem evacuar. Tudo isso pode ser normal. Ele pode também, quando sentir vontade de fazer cocô, fazer muita força, ficar vermelho, chorar, gemer, levar até 20 minutos para conseguir evacuar, mesmo com as fezes moles, a isso se dá o nome de DisquesiaPode acontecer em bebês que mamam só leite materno ou também nos que usam outro leite, e não é doença. O bebê não nasce pronto. Ele vai se desenvolvendo aos poucos, com o tempo. O sistema digestivo também é assim. 

Para evacuar ele precisa saber coordenar a vontade de evacuar com o relaxamento da musculatura pélvica e a abertura do esfíncter anal e eliminar as fezes. Com o tempo ele aprende a fazer isso.

A disquesia costuma passar sozinha conforme o bebê cresce e o intestino "amadurece" e assim com o tempo vai fazer cocô normalmente, sem precisar sofrer.

Confira algumas dicas:

  • Procure não se desesperar, mesmo que pareça que o bebê esteja em sofrimento, tente apenas consolá-lo com afagos e carinhos. Dobrar as perninhas do bebê sobre a barriga e massagens no sentido horário no ventre da criança podem ajudar.
  • Não use laxantes, pois não se trata de prisão de ventre. 
  • Evite a introdução alimentar antes dos seis meses de vida, principalmente se o bebê estiver em aleitamento materno exclusivo.
  • Não use supositório e outros agentes, pode dar certo como medida de emergência, mas a criança pode se acostumar a evacuar somente se receber esses estímulos.
  • Em caso de dúvidas, sempre converse com um pediatra primeiro.

Veja esse vídeo bem curtinho e explicativo com o Dr. Odilo Queiroz:


Já tinham ouvido falar em disquesia? Eu nunca. 
Aliás é fácil confundir disquesia com cólicas não é mesmo? Mas como deu pra entender são coisas diferentes.
Me deixem suas experiências nos comentários!
Um beijo e até a próxima!

quarta-feira, 31 de março de 2021

Gravidez pós Abdominoplastia e Mastopexia

 É realmente raro encontrar uma mulher nesse mundo de meu Deus que não queira mudar nem que seja uma pequena coisinha em seu corpo, e comigo não foi diferente. 

Depois de um ganho de peso progressivo com o passar dos anos e uma diástase de respeito depois de uma gestação, resolvi entrar em um regime baseado em low carb e jejum intermitente que trouxe seus prós e contras, foram quase trinta quilos eliminados, saúde e disposição recuperados porém...também ficaram a flacidez e sobra de pele, principalmente na região abdominal.

Em 2017 então consegui realizar o sonho de "entrar na faca" e consertar por assim dizer, os defeitos que tanto me incomodavam. Em dezembro daquele ano fiz abdominoplastia e mastopexia com implantes (conto mais detalhes em novo post, se solicitado). Começou ali uma nova fase da minha vida, a tranquilidade de usar qualquer roupa que desejar, usar uma lingerie sem se envergonhar do espelho é muito bom...rs.

Aí chegamos em 2020 e dá-lhe pandemia, eu já estava finalizando meu estágio e acabei sendo dispensada antes da hora. Tinha o estresse do fim de curso, tcc e muito tempo em casa resultaram no mês em junho na descoberta da gravidez. Realmente não era a melhor hora, meninas, tabelinha é uma furada. Ainda faltavam quatro dias para a ovulação, mas como dizem os mais velhos "quando Deus quer, acontece". Logo veio a preocupação com o fato das cirurgias que fiz, e o que isso acarretaria para mim e para o bebê.

Medo de ter diástase novamente, medo dos seios cederem, eram nada diante do medo do bebê não ter espaço para crescer e se desenvolver e não conseguir amamentar futuramente, para além de todos os medos que uma gestação normal pode trazer para uma mãe tão atenta, beirando a paranoia como eu..rs. Começa então a grande procura por conteúdos na internet, depoimentos de outras mães que tinham o mesmo histórico que o meu. Felizmente, na maioria dos casos, a gravidez foi bem e o resultado da cirurgia (abdominoplastia) foi mantido. Você pode assistir alguns vídeos do You Tube que encontrei sobre o assunto aqui.

O que aconteceu comigo durante a gravidez e que posso compartilhar, é que, a barriga realmente cresceu menos do que o esperado, eu com sete meses parecia que ainda estava de quatro ou cinco, a barriga ficou mesmo com cara de gravidez por volta de trinta e quatro semanas de gestação e nos seios também não notei aumento. Engordei pouco durante esse período, ao todo se for partir do peso que eu estava antes de engravidar foram ao todo oito quilos.

Em toda a gestação desde que a barriga começou a expandir eu tive muita dor muscular e sentia que eles, os músculos, estiravam, tive muito desconforto e mais ao final da gestação muita dor pélvica, doía para andar, doía para sentar e virar na cama durante o sono. Eu creditei as dores a cirurgia, com certeza não é possível afirmar, mas muito provavelmente. De resto tive todos os sintomas e incômodos de uma gravidez normal.

O susto maior veio em um exame de Ultrassom quando estava de trinta semanas, que acusou que o feto estava menor do que o esperado, tendo um percentil de crescimento fetal 10% (vídeos sobre aqui). O médico que fez o exame me assustou muito, dizendo que talvez seria preciso uma cesariana de emergência, que o bebê poderia não estar recebendo nutrientes ou que poderia ter alguma síndrome, saí do consultório chorando. Tinha consulta pré natal no mesmo dia e chegando lá com o resultado me mandaram ir imediatamente para o HC da minha cidade, foi um dia de muito choro e tensão, mas quando repetiram o exame de ultrassom, observaram que estava tudo certo, placenta e cordão pulsando normalmente e o bebê na verdade estava no percentil 17, alivio total, não era um bebê grande, mas dentro do normal. Tempos depois repeti o exame e foi avaliado um percentil de 20, ou seja, estávamos progredindo bem.

Eu entrei em trabalho de parto com quarenta e uma semanas e um dia e apesar do meu desejo de ter um cesariana meu pequeno não quis esperar...rs. Minha bolsa rompeu eu já estava no hospital (para uma provável cesariana no outro dia) e em menos de cinco horas de trabalho de parto ele nasceu. Nunca imaginei ter parto normal e muito menos sem nada de analgesia e que ainda fosse ser tão rápido.  

Hoje 27 dias depois do parto, minha barriga praticamente voltou ao normal, não deu diástase, claro que até a pele voltar para o lugar vai demorar um tempo, não engordar muito na gravidez acredito que tenha ajudado muito nesse quesito. Infelizmente ainda estou lutando para aumentar a produção de leite e estou tendo que complementar, embora seja frustrante eu sei que cada gota de leite materno que meu bebê absorve conta e sigo na luta. E isso, a baixa produção de leite, com certeza é efeito da mastopexia. Na minha gestação anterior que foi a oitenta e quatro anos...rs, brincadeira, foram só dezessete, eu tive muito leite e amamentei até um ano e seis meses.

Os seios por produzir pouco não aumentaram muito de volume e sei que provavelmente vão ceder um pouco, aliás já observei a diferença, mas paciência, a gente corre atrás do prejuízo depois não é mesmo? O que importa é a saúde dos nossos pequenos.

Eu não planejava essa gestação, mas dentro do prognostico e contexto geral nos saímos bem. O bebê nasceu com 3.360 kg e 48.5cm, nunca vou saber se por acaso eu não tivesse feito a abdominoplastia, ele teria nascido maior ou com mais peso, mas nasceu nos parâmetros normais e muito saudável.

E você? Teve ou planeja uma gestação após esses tipos de cirurgia? Compartilhe a sua experiência comigo aqui nos comentários, vamos trocar experiências!

Um beijo e até a próxima!